
Quem aí está tendo sonhos doidos nessa quarentena levanta a mão! Porque desde que eu realmente me isolei, os sonhos estão mais vívidos e eu tenho me lembrado mais deles. E pelo jeito, não sou só eu. Um grupo de pesquisadores da UFMG, USP e UFRGS está reunindo relatos de sonhos no período da quarentena através dessa conta aqui no Instagram.
Tá lá na minha bio do twitter que eu interpreto seu sonho em 3 twits, e não é zoeira: eu realmente me interesso pelas imagens oníricas e pelo que elas podem representar na nossa “vida real”. Eu sou fascinada por sonhos desde sempre, acho que eles são um acesso fácil a questões que não conseguimos desenvolver tão bem enquanto estamos acordados.
E semana passada eu tive um sonho que deixou mais pensativa do que assustada. Nele, eu entrava numa casa e encontrava uma pessoa que não faz mais parte da minha vida. Sei que eu tentei sair da casa, mas ao invés de sair por onde eu tinha entrado eu fui por outro caminho, e a casa não acabava mais. Eu tentava sair, mas o lugar parecia um labirinto imenso. Num determinado momento, eu peguei minha bicicleta e comecei a pedalar pra sair do lugar, até que finalmente consegui sair na rua.
Algum palpite pra interpretar isso? Normalmente eu sou um lixo pra interpretar meus próprios sonhos – sacomé né, casa de ferreiro, espeto de pau – mas acho que esse eu consegui decifrar. Basicamente, eu poderia ter saído por onde entrei, certo? Eu não queria confrontar novamente essa pessoa. Mas pra sair mais rapidamente, eu teria que confrontar. Ao invés disso eu escolhi o caminho mais “fácil”: fugir.
Então, esse foi o sonho que eu compartilhei com os pesquisadores. Dá pra fazer isso através desse formulário aqui. E você, teve algum sonho doido nos últimos meses? Percebeu alguma alteração nos seus sonhos? Compartilha lá com os pesquisadores ou me conta pra eu interpretar!
Porque eu acordo me sentindo atropelada por um trem todo dia. Pelo menos eu tô produzindo material pra pesquisa.
